terça-feira, 16 de julho de 2013

Insulina, Glucagon, Barro, Obesidade e Saúde...! Ou, sobre o futuro da Bioquímica da Nutrição.

   Duas grandes “Ciências”, frutos de anos de pensamentos, pesquisas, experimentos, conhecimentos, erros e acertos do Ser Humano, colidiram e se complementaram neste blog. O que falar sobre a Bioquímica da Nutrição (BioNut para os íntimos)? Dois campos vastos de trabalho, áreas extensas e muitas vezes ainda pouco exploradas do conhecimento humano que nos proporcionou durante um semestre, momentos de intenso aprendizado, do qual, expomos apenas uma parcela e deixaremos neste blog para a posteridade.
   O que faremos daqui pra frente? O que os Bioquímicos da Nutrição têm a descobrir?... Influência de nutrientes nas mais variadas técnicas dietéticas: o sódio é realmente o vilão da hipertensão? Qual o real mecanismo de ação da Acetilcolina sobre as fibras musculares na liberação do Óxido Nítrico? Em um mundo onde há uma abundância de alimentos para uns e quase nada para outros, qual o papel da bioquímica em entender de uma vez por toda a obesidade, o mal do século? Qual o mecanismo corporal que realmente desencadeia o acúmulo de gordura? E a Leptina? E a sibutramina? E o cortisol? Qual o papel de cada agente no combate desse mal? E para os povos não alcançados pela fartura...? O glucagon, como atua no organismo de quem come barro, diariamente, para enganar a fome? E a insulina?
   Novas técnicas dietéticas; a Nutrição ideal para cada tipo de esporte; o papel dos nutrientes na saúde corporal; a ação das vitaminas sobre a pele, os cabelos, as rugas; a Bioquímica da Nutrição vai estar a serviço da aparência e da estética? E os ratinhos obesos usados em estudos? Realmente vão nos ajudar a entender melhor o que acontece no organismo humano? E as α-hélices? As estruturas das proteínas? Pontes dissulfeto? Será que um dia compreenderemos e conseguiremos transmitir esse conhecimento pra qualquer um?
   E a intolerância à lactose? Resolveremos essa questão? Encontraremos a cura definitiva da Galactosemia e todos poderão beber leite? Ou será que o leite é o novo vilão da alimentação? E o açúcar? Não é mais o vilão da obesidade, do diabetes, de nada? E o resto...? E o que ainda vamos descobrir?

   Cabem a nós pesquisadores, alunos, monitores, professores, futuros médicos e nutricionistas desvendarmos esse campo tão abrangente e assustador, cujos esforços e recompensas do nosso trabalho só serão conhecidos pelos nossos netos, bisnetos e ficarão para sempre...  Assim como este blog. Ou pelo menos até que provem o contrário.

Fonte:

Postado por:
Tiago Amaral

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vegetarianismo

    O vegetariano opta por não consumir carne (boi, frango, frutos do mar e peixe) de acordo com o seu motivo, seja ele por religião, saúde, meio ambiente ou amor aos animais. 

    Há 3 tipos de vegetarianismos, são eles:

  • Ovo-Lacto Vegetariano: é o tipo mais encontrado na população. Eles se alimentam de ovo, leite e seus derivados.
  • Lacto Vegetariano: se alimentam de leite e seus derivados, havendo a exclusão do consumo de ovo.
  • Vegetariano puro ou Vegans: mesmo havendo um acréscimo no número de pessoas que aderiram à esse tipo, ainda é raro encontrar vegans na população. Eles não ingerem nenhum alimento de origem animal, nem leite e derivados, ovo e mel. Essa abdicação também se faz uso no consumo material, optando por não comprar produtos de couro, lã, entre outros. Porém há uma complicação nesse tipo de alimentação que é a absorção da vitamina B12, encontrada somente em alimentos de origem animal. Por isso é necessária a sua suplementação para que não haja uma interferência na formação dos glóbulos vermelhos.
    Essa opção de alimentação, escolhida pelas pessoas, necessita de uma rigorosa dieta, por isso é recomendado o acompanhamento nutricional de forma que haja um certo equilíbrio na escolha dos alimentos. Pois o grande desafio é consumir os vegetais em quantidade suficiente para suprir as demandas energéticas de cada um e nutrir o organismo, sem causar debilidade ou por em risco a saúde do indivíduo.

Referências bibliográficas:
http://saude.hagah.com.br/especial/pr/qualidade-de-vida-pr/19,0,3453360,Vantagens-e-desvantagens-de-ser-vegetariano.html
http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=96&Itemid=32
http://www.sociedadevegana.org/index.php?option=com_content&view=article&id=25:vegetarianismo&catid=18:textos-fundamentais&Itemid=15

                                                                                                                  Gustavo Cabral Greco

domingo, 7 de julho de 2013

Intolerância à lactose: dos sintomas ao tratamento

A intolerância a lactose é a não digestão de produtos lácteos, como visto anteriormente pode ser um problema genético, causado por a diminuição enzimática ou deficiência ontogenética. A lactose é um dissacarídeo formado através da glucose e galactose, carboidratos simples de fácil absorção, porem, a falta ou deficiência da lactase faz com que a lactose chegue ao intestino grosso sem ser absorvida, havendo sua fermentação por bactérias formando gases e sintomas de indigestão.




Os sintomas são variáveis de pessoa a pessoa e pode depender da quantidade ingerida também, sendo que quanto maior a consumação pior são os sintomas.  Os mais comuns são a diarreia ou às vezes a constipação, sensação de inchaço, dores abdominais, gases, náuseas, e sintomas de má digestão. 

A intolerância a lactose primeiramente é sugerida pelo inquérito clinico feito ao paciente, logo após existem tipos de exames que podem ser feito, como:
·                   Tolerância à lactose: O exame é feito em jejum, onde o paciente ingere um liquido com dose concentrada de lactose e durante duas horas são coletadas amostras de sangue para medir o nível de glicose e saber a respeito da digestão desse açúcar. Quando esse nível não aumentar, significa que não houve a quebra da lactose e com isso o diagnostico de intolerância a lactose será confirmado.
·                   Hidrogênio exalado: Mede a quantidade de hidrogênio exalado, que em situações normais é bem baixa, sendo diferente quando a lactose que não foi digerida e é fermentada no intestino grosso havendo a formação de gases, incluindo o hidrogênio, que é absorvido e exalado ao chegar aos pulmões. Para o exame o paciente ingere uma solução de lactose e é medido e intervalos regulares o hidrogênio expirado, quando em níveis elevados, a má digestão desse dissacarídeo é confirmada.
·                   Deposição de ácidos: Através de uma amostra de deposição há a detecção de ácidos láctico e graxos produzidos pela fermentação da lactose.
·                   Analise molecular de hipolactasia primária: É o exame genético para a detecção da intolerância, é um exame rápido, não necessita de jejum e não causa um desconforto devido a uma sobrecarga de lactose. É realizado através da coleta de sangue e seu resultado sai em 7 dias, onde os possíveis genótipos CC, não persistência enzimática da enzima lactase, representam intolerantes a lactose e o CT ou TT representam os tolerantes, pois há persistência da enzima lactase.
Não existem tratamentos para aumentar a capacidade de produção da enzima lactase, mas os sintomas podem ser controlados através da dieta, onde quando o uso o leite é essencial esses devem ser substituídos pelo leite de soja que não possuem lactose e também se encontra no mercado a opção do leite cuja lactose foi hidrolisada.
Em adultos a lactose não precisa ser excluída completamente, o controle da dieta também pode servi para experimentar os limites que cada um suporta, sendo assim essas não necessitam ser extremamente rigorosas, bastam alguns cuidados. E quando o problema for somente devido a não digestão de lactose a substituição do leite por iogurtes, queijos ou capsulas de lactase é valida.

#Referências bibliográficas
            http://www.semlactose.com/index.php/sobre-intolerancia-lactose/
http://www.semlactose.com/index.php/2008/03/27/lactase-o-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-essa-enzima/
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?269
http://www.hc.fmb.unesp.br/assistencia/servico-tecnico-de-nutricao-e-dietetica/nutricao-e-patologia/intolerancia-a-lactose/
http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2001/grupo1/tratamento.htm
http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/intolerancia-a-lactose.aspx

                                                                                                                  

                                                               Postado por: Evellin Pires e Gustavo Greco

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Intolerância e os alimentos

            Alergias são reações imunológicas manifestadas quando o organismo detecta uma substância como um corpo estranho. A ativação de anticorpos é um resposta contra o"corpo estranho" o que pode causar vômito,diarreia, flatulência, dor abdominal, dificuldade respiratória. Camarão, amendoim, soja e trigo são alimentos que podem causar alergias. Uma dieta isenta do alimento em questão é o tratamento mais recomendado.

            A intolerância é a resposta exagerada do organismo devido a ausência de uma enzima e não envolve o sistema imunológico. Há uma dificuldade na absorção e metabolização do açúcar dependendo do tipo de intolerância. Cuidados como leitura  dos rótulos e refeições preparadas em casa são ações necessárias. Alguns tipos de intolerância são: a lactose, o glúten. A principal causa do desconforto é pelo acúmulo do açúcar no estômago. As manifestações clínicas são semelhantes à alergia como vômito,diarreia, flatulência,  constipação, dor abdominal como a dieta isenta do alimento não tolerado.
 
            A intolerância ao glúten ou doença celíaca são causado pela incapacidade do organismo metabolizar glúten, uma proteína presente no trigo, aveia, cevada, centeio. Normalmente, manifesta nos primeiros anos de vida, mas podem ser desenvolvidas em qualquer idade. Manifestações como diarreia crônica, emagrecimento, anemia, vômito, apatia, desnutrição são sintomas de ambas doenças.
            Todo alimento que contenha trigo, aveia,cevada como biscoitos, achocolatado, refrigerante, cerveja, bolos, bebidas destiladas e outros são proibidos enquanto frutas, fécula de batata, amido de milho, laticínios, carnes, hortaliças, cereais sem aveia são liberados na dieta. Se o consumo dos alimentos proibidos persistirem, pode haver o agravo dos sintomas e levar a osteoporose, esterilidade, linfoma do intestino delgado, cânceres e outros problemas de saúde.
            A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir laticínios pois há uma ausência ou deficiência da enzima lactase, responsável pela quebra da lactose em carboidratos. Impossibilita a absorção pelo organismo e há a produção do ácido láctico e gases pela fermentação de bactérias no intestino grosso.

        Constipação, diarreia, gases, dor abdominal, náuseas, desconfortos na presença de lactose são sintomas, porém, se a pessoa continuar a ingestão e ser intolerante os sintomas não desaparecerão. A dieta restrita de  lactose é o tratamento indicado, ou seja, evitar laticínios, chocolate, maionese industrializada, queijos, requeijão, manteiga, biscoitos recheados. Os alimentos permitidos são pão francês, biscoitos integrais, cereais, geleias, tofu, maionese caseira, massas, leite de soja, entre outros.
            É importante que o intolerante sempre observe nas embalagens se há lactose pois o consumo pode agravar os sintomas. Um questionamento é válido: como o organismo irá absorver cálcio sendo que os laticínios contem grande quantidade deste mineral ? Consumir outras fontes de cálcio como carne, leite de soja, espinafre e outros ou a suplementação do cálcio são ações indicadas.

            Outra intolerância é a fenilcetonúria caracterizada pela incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina, um aminoácido presente  em  alimentos ricos em proteínas como carnes, cereais, leguminosas e ovos. Os sintomas devem ser observados logo após o nascimento e o diagnóstico pode ser feito pelo teste do pezinho. É uma doença que não tem cura e é necessário uma dieta restrita de carnes, cereais, leguminosas, ovos, leite e derivados e pão. O consumo desses alimentos podem causar deficiência mental, desconforto, comportamento agitado, entre outros. Os alimentos permitidos na dieta são: frutas, hortaliças e carboidratos.
          
#Referências Bibliográficas:
http://www.brasilescola.com/saude/intolerancia-alimentar.htm
http://www.exameemcasa.com.br/intolerancia-alimentar-109-alimentos
http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/intolerancia-a-lactose.aspx
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2010/09/dieta-restrita-tratar-intolerancia-alimentar-evita-graves-danos-a-saude-3038277.html

                                                                                               Postado por: Melina Botelho



Metabolizando a Lactose!

   A lactose, conhecida como açúcar do leite, é um dissacarídeo formado através da combinação de dois monossacarídeos: glicose e galactose. Este dissacarídeo é hidrolisado – hidrólise da ligação β (1→4) –  pela enzima intestinal β-D-galactosidase ou lactase, liberando seus componentes monossacarídicos para absorção na corrente sanguínea, essa conversão deveria ocorrer no intestino delgado, cujas células da parede produzem lactase. A galactose é enzimaticamente convertida (epimerizada) em glicose, que é o principal combustível metabólico de muitos tecidos. Á partir da ação enzimática os monossacarídeos glicose e sua forma epímera dissociados entram como componentes das vias metabólicas.
Patofisiologia da Intolerância à lactose.
   A glicose é então captada do lúmen para a célula intestinal por um co-transportador Na+-monossacarídeo (SGLT). É um processo ativo indireto cujo mecanismo envolve a ação de uma bomba de sódio-potássio, que remove o Na+ da célula em troca de K+ com hidrólise de ATP. Esse mecanismo é utilizado por ter maior afinidade com D-glicose e D-galactose.

Mecanismo de aproveitamento de monossacarídeos no intestino.
  Na ausência da β-D-galactosidase, a lactose, por ser uma alternativa energética para os microorganismos do cólon é fermentada, um processo de metabolismo anaeróbico que tem como subprodutos, ácido lático, metano (CH4) e gás hidrogênio (H2). O acúmulo dos gases causa distensão intestinal e flatulência. O ácido lático produzido pelos microorganismos é osmoticamente ativo e aumenta a absorção de H2O no intestino, assim como a lactose não digerida, resultando em diarréia.


Referências Bibliográficas

BERNE, R. M. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 636 p

PEREIRA, G. A. P.Intolerância à lactose e suas consequências no metabolismo do cálcio. 2010.
Anais Eletrônico V Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica - CESUMAR – Centro Universitário de Maringá Maringá - Paraná

                                                                                                                      Postado por:
                                                                                                                      Tiago  Amaral

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Intolerância à Lactose


Dando inicio ao novo assunto, é importante diferenciar Alergia de Intolerância. A primeira trata-se de uma resposta do sistema imunológico sobre determinado componente, enquanto a segunda diz respeito a alguma resposta ou resistência tratando-se da digestão ou o metabolismo.

A Lactose (Galactose β-1,4 glucose) é um dissacarídeo formado por dois monossacarídeos: a Glicose e a Galactose, sendo assim um dissacarídeo.

Encontrado apenas no leite materno varia sua concentração a depender do mamífero. No leite humano contém de 6 a 8%, enquanto no leite de vaca de 4 a 6%.
É hidrolisado pela atividade da Lactase (uma beta-galactosidade) encontrada nas microvilosidades dos enterócitos (células epiteliais) do intestino delgado.

Dentro desse contexto, a Intolerância dar-se por três diferentes tipos:
·         Deficiência congênita da enzima:
É um problema genético. A criança já nasce com defeito de produzir a enzima, e a intolerância será permanente.
·         Diminuição enzimática secundária a doenças intestinais:
Ocorre após diarreia infecciosa. Há a morte das células da mucosa intestinal, as quais produzem Lactase. A deficiência nesse caso é temporária, havendo a possibilidade que as células se recomponham.
·         Deficiência Ontogenética:
É a mais comum em adultos. Como há uma queda significativa no nível de lactase, com o decorrer da idade pode se manifestar por má absorção da Lactose acompanhada ou não de intolerância.

Quando há a intolerância, a Lactose não hidrolisada passa pelo intestino grosso onde é fermentada pela própria microflora intestinal, para gases como H2, CH4, CO2, e ácidos graxos de cadeia curta. A produção excessiva desses gases é que causa o desconforto. Portanto a intolerância ao Carboidrato diz respeito aos sintomas gastrointestinais associados à digestão incompleta da enzima e não somente à uma má digestão.

# Referências Bibliográficas:
http://www.virtual.epm.br
http://www.scielo.org/php/index.php
Imagens retiradas do Google sem alterações.
Postado por: Thaís Amaral

terça-feira, 25 de junho de 2013

Galactose nos alimentos



    Como a galactosemia é uma doença pouco conhecida e a dieta para os pacientes ainda não é um consenso entre a comunidade médica, as pessoas galactosêmicas devem buscar orientação, informação e um acompanhamento com um nutricionista especializado na área.


    O nível de galactose-1-fosfato, numa pessoa com galactosemia, deve permanecer abaixo de 3 a 4 mg/ 100 ml. Para isso acontecer, elas devem seguir uma rigorosa dieta sem leite, derivados, algumas carnes como vísceras e algumas leguminosas. E devem tomar cuidado com a ingestão de frutas, vegetais e frutos do mar como a alga, já que nesses alimentos a galactose também é encontrada, só que em pequenas quantidades.


Referências bibliográficas:
http://galactosemia-biobio.blogspot.com.br/2008/06/galactose-nos-alimentos.html
http://www.semlactose.com/index.php/2009/03/29/criancas-com-galactosemia-saiba-como-escolher-alimentos-adequados-para-seu-filho/
http://galactosemia208.blogspot.com.br/2008/11/alimentos-com-galactose.html

                                                                                    Postado por: Gustavo Cabral Greco