quarta-feira, 1 de maio de 2013


Não é novidade que nutrientes são substâncias químicas as quais nosso organismo utiliza para viver e crescer. Estes são utilizados para construir e reconstruir tecidos, regular processos corporais e assim converte-los para que sejam utilizados como fonte de energia e garantir a nossa sobrevivência. Os que necessitamos em quantidades maiores são chamados de Macronutrientes, dentre eles é possível citar: carboidratos, proteínas e gorduras. A água e o oxigênio também devem ser consumidos em grandes quantidades, mas nem sempre são considerados "alimentos" ou "nutrientes".
Estes componentes têm total importância para o organismo, além de serem responsáveis por 100% da energia necessária. Quando ouvimos falar que em uma dieta devemos “tirar gordura da alimentação” ou “não ingerir carboidratos”, isso não quer dizer que não devemos retira-los completamente, e sim (a depender do objetivo) reduzir o excesso.
Como o próprio nome diz “macro” nutrientes, são estruturas grandes e ao ingerirmos, o organismo precisa quebra-las em partes menores para que ocorra a absorção no intestino.

Hidratos de Carbono (Carboidratos) são considerados as principais fontes alimentares para a produção de energia, além de exercer inúmeras funções metabólicas e estruturais no organismo. Sua fórmula geral é (CH2O)onde n indica o número das proporções repetidas.
A Classificação é feita a partir do número de unidades de açúcar, vejamos:
- Monossacarídeos; açúcar simples. Caem rapidamente na corrente sanguínea, elevando o hormônio insulina. Exemplo: glicose, frutose, galactose;
- Dissacarídeos; açúcares simples compostos de dois monossacarídeos ligados. Uma reação de condensação ocorre quando dois monossacarídeos se combinam e então uma molécula de água é liberada. (exemplo: sacarose, lactose e maltose); e
- Oligossacarídeos e Polissacáridos: São menos solúveis e mais estáveis que os açúcares mais simples. Também conhecidos como carboidratos complexos (exemplo: amido, glicogênio e celulose).

Proteínas têm função construtora. São responsáveis pela reparação de tecidos, formação de hormônios, enzimas, anticorpos, etc. Tudo que em implique “construção”. Podem também ser utilizadas como fonte de energia (veremos mais adiante). São sintetizadas a partir de apenas 20 aminoácidos diferentes, e formadas por conjuntos de 100 ou mais aminoácidos, que podem repetir entre si.
Sua composição química é de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e quase todas apresentam enxofre. Algumas apresentam elementos adicionais, como fósforo, ferro, zinco e cobre. São classificadas como:
- Alto Valor Biológico: é uma proteína completa, com aminoácidos essenciais em proporções adequadas. Exemplo: Proteína da carne e do ovo;
- Baixo Valor Biológico: Ao contrario da anterior não é uma proteína completa. Exemplo: cereais integrais.
Os Aminoácidos, que são as unidades estruturais das proteínas, possuem várias estruturas geométricas e combinações químicas para formar as proteínas específicas. São classificados em:
- Essenciais: Precisam ser fornecidos através da dieta. Exemplo: Valina, leucina, isoleucina, etc.
- Não essenciais: Em quantidades adequadas podem ser sintetizados pelo organismo.

Lipídeos
Normalmente conhecidos como “gorduras”. Essas substâncias podem ser de origem animal ou vegetal. São compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Cada molécula de gordura possui glicerol combinado com ácidos graxos.
Podem ser classificados em:
Simples: Consistem principalmente em Triglicerídeos (Glicerol + Ácidos Graxos);
O grau de saturação de um ácido graxo é definido pelo número de ligações duplas entre os átomos de carbono nas cadeias.
- Saturado: o que não apresenta ligações duplas. A ingestão deve ser limitada, pois aumentam o colesterol total e a LDL. Ex.: manteiga, carnes gordas;
- Monoinsaturado: Apresenta ligações duplas. Tendem a diminuir o LDL e o colesterol total. Ex.: frutas oleaginosas; e
- Poliinsaturado: Varias ligações duplas. O organismo não produz, necessitando serem incorporados na dieta. Ex.: Ômega 3, ômega 6.

Compostos: Consistem em 1 Triglicerídeo + combinação com outras substâncias químicas;
- Fosfolipídeos: Ácido Graxo + Grupo Fosfato + Base Nitrogenada;
- Glicolipídeos: Ácidos Graxos + Carbono + Nitrogênio; e
- Lipoproteínas: Ácidos Graxos + Proteínas + Fosfolipídeos.

Derivados: Substâncias derivadas das simples e compostas. O principal exemplo é o Colesterol. Este é um álcool encontrado apenas em tecidos animais, e muito será discutido, pois seus depósitos excessivos podem levar a hipertensão, aterosclerose e Diabetes Mellitus.

Os Lipídeos são os macronutrientes que mais fornecem energia para o organismo comparado com os carboidratos e as proteínas, visto que para cada 1g de Lipídeos são gerados 9kcal, e para os demais 4kcal.

No próximo post explicarei detalhadamente os Hidratos de Carbono, como agem e a sua importância. Não percam!


#Bibliografia:
Postado por: Thaís Amaral

O que será visto aqui?


     
       Nutrição, segundo a OMS, é definida como a ingestão de alimentos, tendo em conta as necessidades alimentares do corpo. Porém, a alimentação como fonte é limitada, sendo assim a ciência da nutrição propõe um processo multidimensional que envolve equilíbrio dinâmico, onde o bem-estar físico e mental é diretamente relacionado à promoção de saúde e prevenção de doenças.
       No blog, serão abordados os nutrientes, substâncias que atuam no corpo como material genético, para construção ou fator de regulação das reações química, definido como metabolismo.  Dentre eles macro e micronutrientes, especificamente carboidratos, proteínas, lipídeos e vitaminas, abordando suas diferenças, importâncias e funções bioquímicas e fisiológicas.
       Deficiências ocasionadas devido alguns elementos presentes em alimentos, como alergias por nutrientes, especificando possíveis causas, procurando explicar seus reais motivos, e possíveis tratamentos. E não somente isso, será tratado também a respeito de transtornos e patologias por causa da falta ou excesso de nutrientes.
       Dentro disso, o blog abrangerá temas a respeito de alimentação saudável, valor calórico de alimentos, distúrbios alimentares, insulina, glucagon, vias metabólicas em jejum, suplementos alimentares, ômega 3, ômega 6 e ômega 9, galactosemia, intolerância a lactose, doença celíaca, vegetarianismo, inibição de nutrientes, a importância dos exercícios físicos, dietas, e outros.